Nos dias atuais o assunto sobre família é, de certo modo, preocupante e comentado em todos os círculos da sociedade. A família, como instituição divina e um projeto do coração de Deus. Nos últimos dias ela vem sendo abalada em suas estruturas morais e espirituais, pois o diabo, num verdadeiro desespero de causa, está tentando, por todos os meios, frustar e destruir os planos de Deus para com o homem,
feito à sua imagem e semelhança.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

COISAS QUE IRRITAM NO CASAMENTO


A maioria das pessoas que são casadas, vêem coisa no seu cônjuge que lhe desagradam e irritam.
Gostariam que seu cônjuge mudasse, mas muitas vezes, expressam esse desejo com sentimentos e comportamentos errados, que trazem prejuízo para o relacionamento.
Esses sentimentos podem gerar:
  • Frustrações – pois se não for manifesto, e a mudança não acontecer, fica crescendo no coração.
  • Agressões – quando o cônjuge resolve falar, geralmente usa palavras ríspidas, pois trata-se de um assunto que o irrita.
Tanto um sentimento quanto o outro, trás prejuízo para o relacionamento, pois a frustração gera pessoas infelizes e insatisfeitas com a vida, podendo levá-la a depressão. As agressões geram brigas que trazem marcas para o casamento.

Esse comportamento é manifesto por frases como:

- Está na hora de você crescer! Quando é que vai aprender a não deixar as coisas espalhadas!
- Já não aquento mais você! Você está acabando com nosso dinheiro! Quando é que se tocar que não somos ricos!
- Será que dá para você comer direito!!!

A maioria dos cônjuges, tenta moldar o cônjuge à sua maneira.
Mas porque essas coisas nos irritam e por que são tão difíceis?
O antropólogo Gary Champman, relata em seu livro “Como mudar o que mais irrita no casamento”, três fatores:

  1. Começamos de maneira errada;
  2. Não entendemos o poder do amor, e
  3. Não sabemos comunicar de forma eficaz o desejo de ver mudanças no cônjuge.

Vamos tratar como conseguir a mudança, sem manipulação.

Primeiro é preciso entender que todo mundo precisa mudar em alguma coisa. Não existe cônjuge perfeito. Dizem que um dia pastor perguntou na Igreja: - “Alguém aqui conhece um marido perfeito?” Um homem no fundo da Igreja levantou a mão sem hesitar e respondeu: “ – O primeiro marido de minha esposa!”

Jesus disse em Mt 7.3-5:

“Por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho? Como é que você pode dizer ao seu irmão: “Me deixe tirar esse cisco do seu olho”, quando você está com uma trave no seu próprio olho? Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão.”

Parafraseando, podemos entender:

“Esposa (marido), por que você repara no cisco que está no olho do seu esposo (esposa),mas não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, então você verá claramente para remover o cisco do olho do seu cônjuge”

Sendo assim, se você quizer ver a mudança no seu cônjuge, precisa começar tratando dos próprios defeitos. É mais fácil dizer: “- Se meu cônjuge não fosse assim, eu não seria como sou.” ou “- Eu falo assim com ele porque ele provoca!”
Muitos cônjuges esperam que o outro mude, chegando no limite de um estado de desespero emocional tão grande, que acabam optando pelo divórcio, justificando que não adianta insistir, pois o cônjuge não vai mudar nunca.

A maioria das pessoas não consegue identificar os próprios erros, mas conseguem enxergar os erros do cônjuge. Se conseguem identificar os seus erros, não os acham tão importantes quanto os do cônjuge. Os erros do cônjuge irritam, e por isso chamam mais a atenção do que os erros próprios.

Provocando mudanças:

Normalmente um casal tem comportamentos diferentes em diferentes fases. Na fase do namoro, um tenta se moldar ao outro, buscando mudanças para agradar o outro. Quando casam, normalmente, entram na segunda fase. Por acharem que já alcançaram o objetivo – a conquista, deixam de buscar mudanças, assumindo a postura que desagrada o cônjuge. Talvez porque a incerteza de ser amado, deixou de existir com o casamento.
Quando uma pessoa está apaixonada pela outra, está disposta a fazer de tudo pelo outro. Não podemos deixar a paixão acabar. Com o passar do tempo, a obsessão emocional dá lugar à natureza egocêntrica de cada um, resultando em decepção, mágoa e irritação. É preciso voltar ao amor. Amor é prática!

Eliminando os problemas:

  1. Tenha atitudes simples:

Algumas atitudes simples podem fazer toda a diferença no casamento. São atitudes práticas que envolve ação. Trata-se de eliminar aquilo que trás o problema.
Uma esposa se irritava toda a vez que o marido tomava banho. Ele deixava o sabonete cheio de pêlos e ensebado. Para resolver o problema, o marido comprou uma nova saboneteira e instalou no Box; assim cada um tinha o seu sabonete. Outro exemplo é o da esposa que reclamava da maneira que o marido deixava a pasta de dente. O marido simplesmente comprou outra pasta, assim cada um tinha a sua, e a briga foi evitada.
                                      
  1. Pratique o amor:

Quem ama pratica! Que tal voltar o romantismo? Propomos um jogo para o casal, onde o objetivo é conquistar o amor do cônjuge. Esse jogo deve ser jogado todos os dias durante duas semanas. Cada cônjuge deve ter atitudes e fazer coisas para conquistar o outro como era antes do namoro. Vale enviar bilhetes de amor, cartões românticos, realizar jantares a luz de velas, dançar coladinho, fazer declarações de amor, dar presentinhos, etc. Vale até serenata! Devem também tentar mudar as coisas que não agradam o cônjuge, deixando as manias erradas para trás. Para isso basta tentar ser o namorado ou namorada que seu cônjuge deseja.

  1. O amor constrange:

“Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram.”  - II Co 5.14.
Muitas pessoas só entregam suas vidas a Cristo, quando entendem o tamanho do amor de Cristo por elas. Cedem quando entendem o amor. O amor constrange. Segundo o dicionário Aurélio, constranger significa coagir; coagir significa forçar, portanto quando exercemos o amor estamos indiretamente forçando o cônjuge a mudar. Se quiser mudanças no cônjuge, comece a exercer o amor .

  
  1. Converse:

Aproveite as lições da aula anterior, sobre comunicação, e converse com seu cônjuge. Muitas pessoas passam a vida inteira fazendo coisas que irritam sem saberem. Mas para esse tipo de conversa é preciso uma preparação:
    • Escolha o momento: escolha o local e a hora certa. Observe o estado emocional de seu cônjuge. Espere ele estar calmo para tratar do assunto. Nunca trate desse assunto na frente dos outros.
    • Não exagere nas críticas: Talvez você esteja com tudo acumulado no coração, pronto para explodir. Controle-se! Lembre-se, comportamento gera comportamento. Trate de uma coisa de cada vez. Já é difícil tratar de uma coisa, imagine então várias ao mesmo tempo. Ninguém tem estrutura emocional para tratar de uma overdose de criticas.
    • Elogie antes de criticar: Os elogios tornam o pedido de mudança mais fácil. “Uma colherada de açúcar ajuda o remédio a descer.”
    • Tem certa coisas que só Deus pode tratar: Tem certas coisas que temos que esperar que Deus mude no cônjuge. Quando dependemos disso, infelizmente temos transtornos no relacionamento, por isso, o melhor mesmo é mudar logo. Mas enquanto a mudança não vem, podemos ser mensageiros de Deus. Use e abuse das palavras em CD, procure livros, participe de todos os cultos e ensinos na Igreja, mas lembrem-se sempre de focar todo o conhecimento que Deus transmite para o casamento. Todos os versículos da Bíblia são para o casamento e não somente para a vida prática.      

E quando o meu cônjuge não muda?

Será que as coisas que as coisas que irritam, que o seu cônjuge faz, são maiores do que o amor que sente por ele? Como amante, e ajudadora não seria melhor realizar as coisa que ele(a) tem dificuldade? Afinal vocês não são uma só carne e um não completa o outro? Seria um atitude de um trabalho de equipe. Colabore. Se seu cônjuge deixa sempre a luz ligada, apague, se ele deixa a toalha em cima da cama, recolha.
Não estamos pedindo para deixar de orientá-lo, mas essas atitudes lhe farão mal, pois irão constrangê-lo.

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